sábado, 29 de dezembro de 2012
O desafio de educar no século XXI...
As ferramentas estão aí! Precisamos utilizá-las, pois nossos alunos já estão inseridos nesse mundo tecnológico.
domingo, 2 de dezembro de 2012
Desejos de um Feliz Natal...
Natal informático
Dê um CLIQUE DUPLO
neste NATAL!
ARRASTE JESUS
para seu DIRETÓRIO PRINCIPAL,
SALVE-O em todos seus ARQUIVOS PESSOAIS,.
SELECIONE-O como seu DOCUMENTO MESTRE..
Que ele seja seu MODELO
para FORMATAR sua vida:
JUSTIFIQUE-a e ALINHE-a
À DIREITA e À ESQUERDA,
sem QUEBRAS na sua caminhada.
Que JESUS não seja apenas
um ÍCONE, um ACESSÓRIO,
uma FERRAMENTA, um RODAPÉ,
um PERIFÉRICO,
um ARQUIVO TEMPORÁRIO,
mas o CABEÇALHO,
a LETRA CAPITULAR,
a BARRA DE ROLAGEM
de seu caminhar.
Que Ele seja a FONTE de energia
para sua ÁREA DE TRABALHO,
o PAINTBRUSH
para COLORIR seu sorriso,
a CONFIGURAÇÃO de sua simpatia,
a NOVA JANELA para VISUALIZAR
o TAMANHO de seu amor.
No seu dia-a-dia, seja Ele
o PAINEL DE CONTROLE
para DESFRAGMENTAR sua vida,
fazer DOWNLOAD de seus sonhos
e OPTIMIZAR suas realizações.
DESATIVE seu egoísmo,
COMPACTE suas liberdades,
CANCELE seus RECUOS,
e DELETE seus ERROS.
COMPARTILHE seus RECURSOS,
ACESSE o coração de seus amigos.
e ESCANEIE para eles
o que você tem de bom.
Não deixe à MARGEM ninguém,
ABRA as BORDAS de seu coração
e REMOVA dele o VÍRUS do desamor.
Antes de SAIR,
coloque JESUS nos seus FAVORITOS
e seu NATAL será o ATALHO
para sua felicidade!
CLIQUE agora em OK
para REINICIAR e ATUALIZAR
seus CONTEÚDOS!
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domingo, 18 de novembro de 2012
O uso das mídias no cotidiano escolar...
Tradicionalmente,
as escolas preocupam-se com os conteúdos a serem trabalhados, em vencer objetivos.
Entretanto, o correto seria que as escolas, ao invés de preocuparem-se com a
quantidade de conteúdos trabalhados, deveriam selecionar temas relevantes e
atraentes, articulando-os às experiências dos alunos e conectando-os com a vida
e a realidade social em que vivem, usando assim as mídias atuais, ou seja, proporcionar mudanças no ensino a partir da
inserção dos recursos tecnológicos no ambiente educacional.
Entendemos que a escola, ainda que se responsabilize pela transmissão e produção de conhecimentos, não pode se privar de abrir-se às novas formas culturais, às diferentes formas de comunicação, a possibilidades de aprendizagens advindas com o uso adequado desses recursos tecnológicos.
Entendemos que a escola, ainda que se responsabilize pela transmissão e produção de conhecimentos, não pode se privar de abrir-se às novas formas culturais, às diferentes formas de comunicação, a possibilidades de aprendizagens advindas com o uso adequado desses recursos tecnológicos.
Em
nossa sociedade convivemos diariamente com uma diversidade de tecnologias,
dentre elas: o aparelho celular, o computar e a internet. Todas estas, podendo
ser utilizadas com enormes possibilidades no espaço escolar. O que é necessário
é boa vontade, planejamento e de professores
em busca de maior intimidade com os recursos tecnológicos, para poder sair na
dianteira de um ensino facilitador das aprendizagens, que prepara o educando
para atuar no mundo do qual ele parte.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Mensagem de um sobrevivente......
Terminada a última
guerra mundial foi encontrada, num campo de concentração nazista, a seguinte
mensagem dirigida aos professores:
“Prezado Professor, sou sobrevivente de um campo de
concentração. Meus olhos viram o que nenhum homem deveria ver. Câmaras de gás
construídas por engenheiros formados. Crianças envenenadas por médicos
diplomados. Recém-nascidos mortos por enfermeiras treinadas. Mulheres e bebês
fuzilados e queimados por graduados de colégios e universidades. Assim, tenho
minhas suspeitas sobre a Educação. Meu pedido é: ajude seus alunos a
tornarem-se humanos. Seus esforços nunca deverão produzir monstros treinados ou
psicopatas hábeis. Ler, escrever e aritmética só são importantes para fazer nossas
crianças mais humanas.”
Pensem nisso colegas...
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Meu power point...
E foi assim que conclui meu trabalho no curso de Tecnologias na Educação. Mostrei para a formadora e demais colegas de turma o que realizei com o meu grupo.
Ficou jóia!!!!!!!!!!!!!!
Compartilho.........
Projeto para conclusão da capacitação...
Este foi o projeto do Curso Tecnologias na educação: ensinando e aprendendo com as TIC. Apliquei no meu grupo de 2° ano do 1° ciclo.
ESCOLA MUNICIPAL VEREADOR ORIVAL CARNEIRO MARTINS
EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL
ANDRÉIA AP. PETRUSKI
TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO:
ENSINANDO E APRENDENDO COM AS TIC
PONTA GROSSA – 2012
“Ninguém espera que os professores
sejam experts em tecnologia, eles têm
que ser especialistas em educação,
pensar experiências de aprendizagem
enriquecedoras usando tecnologia.”
Eugenio Severin
JUSTIFICATIVA
O uso das tecnologias na educação se faz necessário, é uma nova realidade que deve ser efetivada no espaço escolar. Para tanto, o professor precisa estar atualizado e aberto a estas novas formas de ensinar.
As tecnologias fazem parte do dia-a-dia dos nossos alunos e a escola deve adequar-se a esta realidade. O uso do computador é uma ferramenta de auxílio na construção do conhecimento e desenvolve o raciocínio lógico, concentração, coordenação motora fina, criatividade, orientação espacial, enfim, é um recurso pedagógico.
As escolas têm de se adequar às realidades impostas pelo desenvolvimento da globalização do ensino, com as novas tecnologias que se apresentam em nosso cotidiano e que influenciam a sociedade, é inquestionável a necessidade de enriquecer o processo didático-pedagógico com a inserção da informática no processo de ensino e aprendizagem.
OBJETIVOS
1. Utilizar o laboratório como ferramenta de pesquisa e extensão da sala de aula.
2. Possibilitar aos alunos o acesso a novas tecnologias.
3. Diversificar as atividades escolares.
4. Possibilitar a utilização do Laboratório de Informática, como recurso tecnológico e pedagógico.
5. Transmitir e explorar os conteúdos curriculares através do uso da internet.
6. Utilizar a tecnologia visando à melhoria da qualidade de ensino aprendizagem.
METODOLOGIA
As atividades serão desenvolvidas a partir do tema escolhido como nome do grupo: CIRCO ENCANTADO. Serão realizadas atividades na sala de aula e no laboratório de informática.
O conteúdo será desenvolvido em sala de aula com atividades em folha, exploração oral, uso de cartazes, pintura, leitura, produção de texto coletivo, lista de profissionais do circo, artes.
A sequência das atividades acontecerá no laboratório de informática, com pesquisa no Google sobre imagens de circo e palhaços do Brasil, vídeos no youtube com apresentações circense e palhaços famosos (em especial Palhaço Carequinha), escrita de frases no processador de texto, uso do draw e tux paint para desenho sobre o tema.
CRONOGRAMA
Atividades na sala de aula
28/09 5/10 8/10
Laboratório de informática
1/10 8/10 22/10
As atividades em sala acontecerão no horário normal de aula (das 13:15 as 17:15 h) e as no laboratório de informática no horários específicos estabelecidos pela escola, para este grupo (das 15:45 h as 16:50 h).
domingo, 11 de novembro de 2012
sábado, 27 de outubro de 2012
VII Exposição Pedagógica...
Nos dias 25 e 26 de outubro, no Centro de Eventos de Ponta Grossa, aconteceu a VII Exposição Pedagógica, onde as escolas municipais puderam apresentar um pouco do trabalho realizado dentro e fora das salas de aula.
Estive lá e registrei um pouquinho do que mais me agradou. Parabéns professores e equipe gestora das escolas pelo excelente trabalho apresentado.
Escola : Professor Ivon Zardo
Tema : Luis Gonzaga
Escola : Guitil Federmann
Tema : Nos territórios da arte, um passeio pela cultura brasileira
CMEI : Professora Celina Correia Ganzert
Tema: Semeando e cultivando saberes com a horta
domingo, 21 de outubro de 2012
Laboratório de informática como espaço alfabetizador...
Este é o laboratório de informática da minha escola. Nele os alunos exploram as novas tecnologias em um ambiente completamente alfabetizador.
As imagens falam por si...
sábado, 13 de outubro de 2012
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Tecnologias na Educação: entre inovação e panaceia...
10/10/12 // Escola // Governo // Brasil
Do Redação na Rua
Do Redação na Rua
Desde
que o computador se tornou pessoal e a rede mundial, muito se fala sobre uma
revolução iminente na educação – educação entendida como sistema escolar. O
fato é que já estamos a duas décadas neste processo e o sistema de ensino pouco
se afetou. Mas este baixo impacto da revolução tecnológica no ensino escolar
não passou incólume – a cada dia, mais e mais se fala do fracasso do sistema,
do descrédito da profissão de ensinar, da indisciplina dos estudantes. Os dois
fenômenos – a revolução tecnológica e o fracasso do sistema escolar – estão
ligados: a nova geração tem uma forma de pensar, agir, se comunicar e
relacionar que não encontra ressonância no modelo escolar.
As
crianças e os jovens encontram nas novas tecnologias os recursos necessários
para o processo de aprendizagem. Não se trata de conteúdos, mas sim de estímulo
à curiosidade, de diversão, de oportunidades para que se percebam autores, de
diálogos múltiplos, de desafios constantes, de aventura. É assim que saem da
passividade da sala de aula para o engajamento nas redes sociais.
O
potencial das tecnologias para a inovação na educação está no reconhecimento
desta inversão radical no papel do estudante, de objeto para sujeito da
aprendizagem. Quando a tecnologia entra no sistema de ensino sem isso, torna-se
panaceia, remédio para a cura de todos os males, uma forma de dourar a pílula
amarga da escola: o ambiente onde predomina a hostilidade entre estudantes e
professores, os conteúdos descontextualizados, o ensino burocratizado, o
desânimo generalizado.
A
tecnologia na educação é panaceia quando, ao invés de apostar na revolução
empreendida pela hipermídia, com sua estrutura reticular, transversal, que
favorece a exploração e a curiosidade, reproduz no mundo digital a forma
enciclopédica, com sua coletânea de verbetes e fascículos que se empilham e
acumulam mantendo a estrutura linear das notas, séries, disciplinas e aulas.
A tecnologia na educação é
panaceia quando, ao invés de envolver os jovens em desafios reais como a
colaboração coletiva em larga escala para uma nova descoberta ou para a
disseminação de uma nova atitude, reproduz a artificialidade da sala de aula em
games
A
tecnologia na educação é panaceia quando, ao invés de promover a autoria do
estudante no processo de aprendizagem, reproduz na forma digital a estrutura
das aulas centradas no saber dos professores. Ver uma aula filmada pode ajudar
o aluno a reter conteúdos, superando a relação hostil que marca a sala de aula
real e dando-lhe a oportunidade de pausar e voltar, mas está longe de promover
efetivo aprendizado.
A
tecnologia na educação é panaceia quando, ao invés de envolver os jovens em
desafios reais como a colaboração coletiva em larga escala para uma nova
descoberta ou para a disseminação de uma nova atitude, reproduz a
artificialidade da sala de aula em games onde os riscos e as decisões a serem
tomadas são todos controlados e limitados.
A tecnologia
é inovadora na educação quando potencializa o autoaprendizado e as formas
colaborativas de produção de conhecimento. A tecnologia é pílula dourada quando
usada como ferramenta para reter conteúdos definidos externamente, ou para
reproduzir no ambiente virtual um simulacro do real, assim como se faz em sala
de aula. Nesta medida, quando reduzida a vídeos de aulas ou games de
determinados conteúdos, a tecnologia aplica-se perfeitamente adoçar os amargos
exames baseados em testes de múltipla escolha, por exemplo, tornando menos
desagradável a tarefa de estudar conteúdos que não interessam às crianças e aos
jovens. Mas, a tecnologia será inovadora quando for usada para avaliação da
aprendizagem significativa em outras bases, que favoreçam a criatividade, o
pensamento e a atitude críticos.
Em resumo, a tecnologia é
inovadora na educação quando promove a transformação nas dimensões de tempo,
espaço e relacionamento humano no ambiente educativo.
Em
resumo, a tecnologia é inovadora na educação quando promove a transformação nas
dimensões de tempo, espaço e relacionamento humano no ambiente educativo. Se as
tecnologias da informação são usadas dentro das quatro paredes da sala de aula,
nos horários fracionados das aulas, na abordagem especializada das disciplinas,
sob autoridade do professor e voltadas para avaliações lineares e episódicas,
então elas não aportam inovação e sim, reforço da mesma estrutura desgastada e
distante das novas gerações.
O
potencial revolucionário da tecnologia está dado. Hoje são milhões de pessoas
conectadas no mundo todo, inclusive no Brasil, e novos aplicativos estão
possibilitando cada vez mais o desenvolvimento da criação colaborativa, sob
demanda, online, digital, móvel e inteligente.
As
decisões a serem tomadas na educação devem considerar este fato e suas
decorrências: as desigualdades em termos de autoria e difusão de ideias entre
os que programam e os que não programam; a questão da validação dos conteúdos –
se é um corpo editorial ou a comunidade de usuários, o que implica a necessidade
de criação de uma massa crítica para fontes difusas; o uso da tecnologia para a
promoção em escala da educação de qualidade. Estas são as questões decorrentes
dos aspectos realmente inovadores das tecnologias na educação.
http://porvir.org/porpensar/tecnologias-na-educacao-entre-inovacao-panaceia/20121010
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Usando o Draw...
Nas atividades de sala de aula, produzimos imagens alusivas ao Dia da Árvore no DRAW (Linux 3.0).
Você também pode fazer o seu e ensinar os seus alunos.
Você também pode fazer o seu e ensinar os seus alunos.
sábado, 29 de setembro de 2012
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Do trabalho sobre árvores, não poderia deixar de mencionar uma crônica de Rubem Alves...
Em
Defesa das Árvores
(Rubem
Alves, do livro “O amor que encantou a lua”)
Estava
eu na sala de espera do meu médico trabalhando absorto no meu laptop
para matar o tempo, os “oclinhos” de ver perto na frente dos
olhos, ao longe tudo era um borrão quando, de repente, um borrão
alto se colocou à minha frente, baixei os “oclinhos” para ver à
distância: era um homem que conheci menino, de precoce vocação
científica, posto que menino ainda, se comprazia em experimentos
incendiários com gases mal cheirosos. Depois dos cumprimentos de
praxe e sem mais delongas ele disse: “Rubem, escreva uma crônica
em defesa das árvores.” Havia indignação em sua voz e ele
relatou:
“Havia,
no terreno do meu vizinho, um ipê maravilhoso, árvore muito velha,
tronco grosso, que anualmente produzia uma floração cor-de-rosa,
para espanto e felicidade de todos. Pois, sem maiores avisos, o tal
vizinho cortou o ipê. Fiquei indignado e fui saber das razões do
assassinato. Que mal lhe teria feita aquela árvore mansa? E ele me
explicou que as raízes do velho ipê estavam rachando o seu muro de
tijolos e argamassa. Um ipê que leva cinqüenta anos para crescer
cortado por causa de um muro que se constrói num dia! Aí lhe
perguntei: “Por que não me falou? Eu teria pago a reconstrução
do seu muro…”
E
concluiu: “Você escreve uma crônica?” Tive uma reação
desanimada. Lembrei-me das palavras tristes do Vinícius no seu poema
“O Haver”, em que fala da “sua inútil poesia”. Sinto assim,
de vez em quando, que aquilo que escrevo é inútil. Os que têm
poder nem lêem e se lêem não levam a sério. As razões que movem
a política são as razões dos machados e das serras; não são as
razões da beleza. Escrever, para quê? Para sensibilizar o vizinho
que gosta mais de um muro que de um ipê? O que eu escrevesse só
encontraria eco naqueles que amam mais os ipês que os muros. Mas,
nesse caso minha escritura seria desnecessária. E para os que amam
mais os muros que os ipês ela seria inútil. Aí me lembrei de um
poema de Chuang-Tzu, escrito séculos antes de Cristo: “Eu sei que
não terei sucesso. Tentar forçar os resultados somente aumentaria a
confusão. Não será melhor desistir e parar de me esforçar? Mas,
se eu não me esforçar, quem o fará?” As palavras do sábio foram
uma repreensão ao meu desânimo. Comecei a pensar. Lembrei-me de
fato semelhante acontecido na minha rua. Havia um ipê amarelo que
florescia no mês de julho. O chão ficava dourado com suas flores.
Mas a dona da casa em frente ao ipê e a sua incansável vassoura
deram o nome de “sujeira” ao dourado das flores caídas.
E,
um belo dia, a árvore amanheceu com um anel cortado na sua casca. As
veias pelas quais sua seiva circulava haviam sido seccionadas durante
a noite. O ipê morreu. A vassoura triunfou. Há pessoas cujas idéias
nascem da vassoura. Visitando um amigo que mora num condomínio rico
de Campinas alegrei-me vendo que ele era todo arborizado com
magnólias. As flores das magnólias são quase insignificantes. Mas
o perfume é maravilhoso. Quem respira o perfume de uma magnólia tem
a alma tocada pelo divino. Aí o meu amigo apontou para uma casa do
outro lado da rua. Lá não havia magnólias. E explicou: “A dona
da casa disse que dava muito trabalho varrer as folhas que caíam no
chão.” Agora mesmo, a um quarteirão de onde escrevo, havia três
daquelas árvores que se chamam “Chapéu de Sol”, de folhas
largas e sombra generosa. Pois a dona da casa mandou cortar todos os
galhos das três, ficando só os toquinhos. Ficaram parecidas com
cabides de pendurar chapéu. Mas as árvores não guardam rancor.
Trataram de continuar a viver - e nos toquinhos surgiram brotos
verdes, como um gesto de perdão. Percebendo que as árvores
insistiam em viver, ela mandou que todos os brotos fossem arrancados.
Quando
as serras da CPFL mutilaram as velhas paineiras da Orosimbo Maia, que
todos amavam, houve uma onda de indignação que ocupou as manchetes
do Correio Popular.
Pois
um leitor escreveu aborrecido porque o jornal perdia tanto tempo com
uma coisa sem importância como árvores. O prazer em cortar árvores,
me parece, está ligado à volúpia do poder. Quem corta, tortura ou
mata experimenta o prazer de exercer poder sobre o mais fraco. Mas
acho que o prazer em cortar árvores está ligado a uma coisa mais
sinistra. Suspeito que estejamos vivendo um momento de metamorfose da
nossa condição humana. Até agora temos sido habitantes do mundo da
vida. Nosso habitat é constituído por florestas, animais, rios e
mares. Somos seres biológicos, corpos. Mas agora estamos mudando de
casa. Estamos trocando nossa casa biológica por uma outra casa
eletrônica.
Faz
tempo fiz a travessia dos lagos andinos - cenários maravilhosos,
entre lagos, vulcões e florestas - passando por Bariloche e
terminando em Buenos Aires. Em Bariloche fiquei conhecendo um casal
que fazia o mesmo percurso com dois filhos adolescentes. Fui
reencontrá-los numa das ruas centrais de Buenos Aires. “Graças a
Deus estamos aqui!”, me disse o marido. “Já não aguentávamos
mais: só lagos, montanhas e árvores. Aqui, felizmente, temos os
videogames.” Virei Hulk na mesma hora e lhe disse: “Tomaram a
excursão errada. Seu destino era Las Vegas!” Mas eles nada mais
fizeram que expressar de forma grosseira o que já ficou normal.
Nenhum adolescente troca um vídeo game por jardinagem. Nos filmes de
ficção científica do tipo “Guerra nas Estrelas” que emocionam
milhões não há árvores: somente máquinas com inteligência
eletrônica. Nossas inteligências estão cada vez mais ligadas aos
vídeos e computadores e cada vez mais distantes da natureza. Há
crianças que nunca viram uma galinha de verdade, nunca sentiram o
cheiro de um pinheiro, nunca ouviram o canto do pintassilgo e não
têm prazer em brincar com terra. Pensam que terra é sujeira. Não
sabem que terra é vida. As nossas escolas - seria bom se elas
ensinassem as crianças a amar as árvores. Chamar pelo nome e amar
as paineiras, as sibipirunas, as magnólias, os pinheiros, as
magueiras, as pitangueiras, os jequitibás, os ipês, as
quaresmeiras… Aprendi na escola que os homens são uma forma de
vida mais evoluída que as árvores. Estou brincando com a
possibilidade do contrário: que as árvores sejam mais evoluídas
que nós. Se assim não fosse por que haveriam as Escrituras Sagradas
de comparar o homem feliz com uma árvore plantada junto a ribeiros
de águas? Com o que concorda Alberto Caeiro: “Sejamos simples e
calmos como os regatos e as árvores, e Deus amar-nos-á fazendo de
nós belos como as árvores e os regatos…” Deus nos amará quando
formos como as árvores!
Ninguém
vai para o inferno. Os que não amam as árvores também vão para o
céu. Mas, como todos sabem, o céu é o lugar onde se encontram as
coisas que amamos. O lugar onde se encontram as coisas que não
amamos é o inferno. Assim, para os que não amam as árvores, um
lugar com bosques, florestas, flores e riachos seria o inferno. Eles
não irão para o inferno de árvores. Irão para o seu céu sem
árvores, pois é isso que eles amam.
Morarão
numa cidade planejada pelo Niemeyer onde tudo será feito de concreto
segundo formas geométricas perfeitas, em nada semelhantes às coisas
vivas. Os prédios do Congresso Nacional, em Brasília, são uma
metade de esfera voltada para cima e uma metade de esfera voltada
para baixo, sem janelas. Na cidade planejada pelo Niemeyer as árvores
não sujarão as calçadas com suas folhas e flores. As árvores
serão de concreto, semelhantes aos cogumelos: uma esfera cortada
pelo meio equilibrando-se sobre um cilindro. O bom disso é que não
haverá despesas com jardineiros. E as donas de casa não precisarão
varrer a calçada.
Continuando as sugestões de atividades sobre a Árvore...
O ipê-amarelo

Classificação
científica
Reino:
Plantae
Divisão:
Magnoliophyta
Classe:
Magnoliopsida
Subclasse:
Asteridae
Ordem:
Lamiales
Família:
Bignoniaceae
: Tabebuia
No inverno, as suas folhas caem dos galhos da
árvore que fica inteiramente exposta ao tempo sem nenhuma folha. Na
primavera, as folhas renascem cobrindo-a por completo. Sabe-se que,
quanto mais intenso e seco o inverno, posteriormente, na primavera,
mais intensa será a quantidade das flores nos galhos.
O ipê-amarelo é da espécie “Tabeluia
alba
O ipê-amarelo é uma espécie “heliófita”,
ou seja, uma planta adaptada a crescer em ambiente aberto com
incidência de luz direta e que perde as folhas em determinada fase
do ano.
É encontrada na Floresta Pluvial da Mata
Atlântica e da Floresta Latifoliada
Semidecídua, facilmente encontrada em sub-bosques de pinhais. Em
média, possuem 30 metros de altura, com tronco reto e tortuoso, e
fuste de 5 a 8 metros. Seus ramos são grossos, tortuosos e
compridos; e uma copa alongada e alargada na base.
As folhas são deciduais, digitadas e compostas.
Os pecíolos das folhas medem de 2,5 a 10 cm de comprimento, tendo
de 5 a 7 folíolos. Cada flor possui coloração amarelo-ouro e um
tamanho médio de 8 x 15 cm.
Os frutos tem uma forma parecida a de uma vagem
com grande quantidade de sementes membranáceas esbranquiçadas e
aladas. As sementes se dispersam pelo vento. A planta é
hermafrodita, tendo a sua frutificação nos meses de setembro,
outubro, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro. Relativo ao clima,
ocorrência em locais de clima tropical, subtropical úmido,
subtropical de altitude e temperado. Relativo ao solo, a árvore
prefere solos úmidos não muito ondulados.
http://www.infoescola.com/plantas/ipe-amarelo/
19/09/2012/ 9:12
ATIVIDADE:
A partir da leitura do texto científico sobre a
árvore Ipê-amarelo, procure no dicionário o significado das
seguintes palavras:
tortuosos:
folíolos:
subtropical:
frutificação:
|
|
Mais uma atividade realizada durante as aulas do curso...
No encontro do dia 19/09, organizamos atividades sobre o Dia da Árvore. Repasso para vocês. Espero que seja útil para incrementar as aulas nos laboratórios de informática.
Texto informativo:
Prefeitura distribui 23.382 mudas de árvores nativas
Durante a Semana da
Árvore, comemorada de 18 a 22 de setembro, a prefeitura de Ponta
Grossa, através da Secretaria Municipal de Agricultura,
Abastecimento e Meio Ambiente, vai distribuir mais de 23 300 mudas de
árvores nativas para diversas escolas, instituições e associações.
Todas as mudas, que incluem de araucária a araçá, foram produzidas
no Viveiro Municipal, lembra o secretário municipal de Agricultura,
Laertes Sidney Bianchessi. Foram produzidas nesse viveiro, por
exemplo, as 20 000 mudas que serão doadas ao Instituto Agronômico
do Paraná, que vai reflorestar nascentes e margens de arroios nas
imediações da Fazenda Modelo. Outras 2 800 mudas serão doadas a
associações de moradores da região de Itaiacoca, e outras 570
serão distribuídas a escolas municipais. No dia 20, próxima
quarta-feira, será feito por técnicos de vários departamentos da
Secretaria, um levantamento de viabilidade para implantação de
arborização na vila Nova, com visitas domiciliares e cadastros para
obter a autorização dos moradores. No dia 21, às 9h será
apresentada a palestra “Preservação da Flora”, na escola
municipal Jorge Dechandt, no Parque do Café. Além da palestra, os
alunos receberão dezenas de sementes de pau-brasil (também
produzidas no Viveiro Municipal). Nesse mesmo dia serão plantadas,
no canteiro central da rua Francisco Búrzio, na região central, 15
mudas de palmeira gerivá, cada uma com 2,10m, preenchendo os espaços
deixados por árvores que morreram ou foram derrubadas. Ainda no dia
21 técnicos da Secretaria de Agricultura estarão na escola
municipal Coronel Cláudio, distribuindo 300 sementes de pau-brasil a
alunos que participarão, antes, da palestra “Preservação da
Flora”. O objetivo dessas ações nas escolas, segundo Laertes, é
tanto educativo quanto histórico. As sementes, explica o secretário,
forma obtidas de uma árvore de pau-brasil existente no Centro de
Educação Ambiental, e serão plantadas no terreno das próprias
escolas. As escolas Frederico Constante Degraf (Sabará) e Ecléia
dos Passos Horn (vila Isabel) receberão no dia 22, palestras sobre
preservação da flora e coleta seletiva. No Sabará, as palestras
serão ministradas às 8h30 e às 14h e na vila Isabel, às 10h30. De
acordo com a programação da Secretaria de Agricultura, às 16h
haverá o plantio de mudas de árvores nativas no Parque Madureira,
para recompor a mata original.O programa também contempla, no dia
23, uma palestra sobre mata ciliar e preservação da flora, na
Associação Creche Martinho Lutero, no Santa Mônica e, no dia 26,
palestra idêntica no Clube de Mães da Comunidade de Mato Queimado.
Escolas recebem mudas Diversas escolas e entidades receberão mudas
de espécies nativas, durante a Semana da Árvore.- o Centro
Municipal de Educação Infantil da vila Santo Antonio receberá,
para doação aos alunos, 90 mudas de araçá, canela e acácia
mimosa;- o Conservatório Dramático-Musical Maestro Paulino Martins
Alves receberá, também para doação aos alunos, 130 mudas de
acácia mimosa;- na escola Agenorides Stadler serão plantadas 50
mudas de tarumã, aroeira e acácia mimosa;- a Associação Creche
Martinho Lutero vai receber, para plantio às margens de um arroio,
300 mudas de juqueri, canela, aroeira, bracatinga e pessegueiro
bravo; - para as comunidades de Pocinho, Passo do Pupo e Carazinho,
em Itaiacoca, serão distribuídas 2 812 mudas de araçá, ariticum,
juqueri, canela, bracatinga, aroeira, angico, pinheiro-bravo e
araucária, para recomposição da mata ciliar. Como plantar As
recomendações da Secretaria de Agricultura, para plantio de mudas,
são bastante simples:1. abra covas com 30 centímetros de lado e 30
centímetros de profundidade;2. se possível, adube com um litro de
esterco curtido, 200 gramas de farinha de osso e 150 gramas de
calcário dolomítico;3. não plante rente a calçadas ou perto de
muros e postes de iluminação;4. as mudas devem ser regadas pela
manhã e à noite, no mínimo por 15 dias após o plantio;5. coloque
um ‘tutor’ (uma haste de madeira) ao lado da muda, para conduzir
a planta.
Interpretação
de texto
Com
base na leitura realizada, responda as seguintes questões:
1.
De que fala o texto?
2. De
onde ela foi retirada?3. Em que dias acontece essa comemoração?
4. O que será distribuído para a população?
5. Cite três espécies de árvores que serão distribuídas:
6. Qual a importância da árvore?
7. Você tem árvores em casa?
8. Quais os cuidados que devemos ter com as árvores?
Caça
palavras
No
quadro abaixo, procure as seguintes palavras:
ESCOLA - SEMENTES - PLANTIO - MATA - AROEIRA
-
A N M I N A T B D O A H D L F U A R O E I R A X W U B A S E M E N T E S T T I O P X A V B H Y P E R T Y N V C Z A S L K J H G F D S Q H M I P L A N T I O G D F S R W O L U J A C A C I A R M A T A U IV O P W L F A K F J T D L W O A P P E S C O L A W Q A T B I L O D P W B Z G Q L Ç Q P E O A A A D J K L Ç T V C Z D
Produção
de texto
Escreva
um texto contando sobre a árvore que você tem em sua casa (se ela
tem nome, quando foi plantada, quem cuida dela, se é frutífera...)
Se você não tem árvore em casa, escolha uma árvore que você já
viu ou gosta e escreva sobre ela. Não esqueça de dar um título bem
legal para o seu texto.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Tempos modernos...
Precisamos nos conscientizar professores. A realidade é esta e precisamos estar capacitados. Caminhemos juntos com a informação!
Um pouquinho das nossas aulas...
Durante nosso 6° encontro do Curso de
Educação Digital, pudemos explorar um pouco do que o Linux Educacional 3.0 em
Programas Educacionais. Foram muitas as descobertas!
Mesmo
já trabalhando com o Linux, com os alunos, nas aulas semanais do laboratório de
informática, neste encontro descobrimos muitas novidades interessantes.
A
proposta de trabalho de hoje era descobrirmos os jogos que podem ser
trabalhados com os alunos e auxiliar no processo de alfabetização.
Segue
abaixo meu roteiro de orientações, para você professora, trabalhar com seus
alunos e tornar as aulas do laboratório mais agradáveis e divertidas para os
alunos.
Na
tela de seu computador, na barra EDUBAR, clicar no ícone Programas Educacionais
e em seguida Multidisciplinar, Série Educacional (GCompris). Em seguida abrirá
a tela com as opções disponíveis. Observar os ícones da lateral esquerda. Ao
clicar com o mouse em cada ícone, se abrirá diversas opções de atividades. Para
cada ícone desta barra, sugiro um jogo e a série em que ele poderá ser
explorado. Espero que seja útil para você dinamizar suas aulas no laboratório.
1.
Atividades de experiências (porquinho). Clicar no Tux
para-quedista. Destinado para os grupos de educação infantil.
2.
Atividades de leitura (vaquinha). Clicar na Prática da
leitura. Destinado aos grupos de 1° e 2° anos do 1° ciclo.
3.
Quebra-cabeça (urso branco). Clicar na Torre de Hanói
simplificada. Destinado aos grupos de 1° ano do 1° ciclo.
4.
Atividades de descobertas (pinguim). Clicar na Atividades de
cores. Destinado aos grupos de educação infantil e 1° ano do 1° ciclo.
5.
Atividades de estratégia (sapo). Clicar no Jogo da bolas.
Destinado aos grupos do 1° ciclo.
6.
Atividades de diversão (urso). Clicar em Hexágono. Destinado
aos grupos de 1° e 2° anos do 1° ciclo.
7.
Matemática (ovelhinha). Clicar em Numeração. Destinado aos
grupos do 1° ciclo.
8.
Descobri o computador (gatinho). Clicar em atividades de
manipulação do teclado. Destinado aos grupos do 1° ciclo.
Essas,
são algumas sugestões. Encontramos atividades para atender todos os grupos.
Cabe ao professor planejar.
Ao
explorar o Linux Educacional 3.0, muito irá se descobrir. O professor precisará
conhecer tudo o que este software oferece. Cabe ressaltar que ele poderá ser
baixado gratuitamente da internet, para o professor poder ter também em sua
casa.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Educação digital...
Navegando pelo facebook encontrei estas frases e achei bem oportunas para o nosso curso. Compartilho com minhas colegas...
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Novas mídias...
Não tem volta! Se até nos templos budistas já vemos o uso das novas mídias, imaginem na educação!
Novos tempos, novos recursos, muitas aprendizagens!!!
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Uso das tecnologias nas salas de aula...
Vivemos em uma nova era: a era digital! Nela, as informações são repassadas numa velocidade espantosa. Se não dermos a devida atenção a este novo tipo de educação, as crianças de hoje serão adultos desinformados amanhã. Assim, precisamos atualizar nossas salas de aula, incluindo as novas tecnologias na escola.
Entretanto, mudar as formas de aprender dos alunos requer
também mudar as formas de ensinar de seus professores. É necessário orientar os
professores para o uso das tecnologias interativas dentro do seu fazer
pedagógico.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Para pensar...
Este artigo deveria ser lido por todos os profissionais de educação. E, principalmente, pelos nossos legisladores, pensando numa escola pública de qualidade.
Artigo:
A utopia sufoca a educação de qualidade (Gustavo Ioschpe)
Artigo:
A utopia sufoca a educação de qualidade (Gustavo Ioschpe)
08/04/2012
"Se
a diferença que mais impacta a qualidade de vida das pessoas é a de renda, e se
a fonte principal de renda é o trabalho, então precisamos de um sistema educacional
que coloque ricos e pobres em igualdade de condições para concorrer no mercado
de trabalho"
Um dos males que
assolam nossa educação é a esperança vã de pensadores e legisladores de que uma
escola que mal consegue ensinar o básico resolva todos os problemas sociais e
éticos do país. Eles criaram um sistema com um currículo imenso, sistemas de
livros didáticos em que o objetivo até das disciplinas científicas é formar um
cidadão consciente e tolerante. Responsabilizaram a escola pela formação de
condutas que vão desde a preservação do meio ambiente até os cuidados com a
saúde; instituíram cotas raciais e forçaram as escolas a receber alunos com
necessidades especiais. A agenda maximalista seria uma maneira de sanar
desigualdades e corrigir injustiças. O Brasil deveria questionar essa agenda.
Primeira
pergunta: nossas escolas conseguem dar conta desse recado? A resposta é,
definitivamente, não. Estão aí todas as avaliações nacionais e internacionais
mostrando que a única igualdade que nosso sistema educacional conseguiu atingir
é ser igualmente péssimo. Copiamos o ponto final de programas adotados nos
países europeus sem termos passado pelo desenvolvimento histórico que lhes dá
sustentação.
Segunda pergunta:
esse desejo expansionista faz bem ou mal ao nosso sistema educacional? Será um
caso em que mirar no inatingível ajuda a ampliar o alcançável ou, pelo
contrário, a sobrecarga faz com que a carroça se mova ainda mais devagar?
Acredito que seja o último. Por várias razões. A primeira é simplesmente que
essas demandas todas tornam impossível que o sistema tenha um foco. Perseguir
todas as ideias que aparecem -- mesmo que sejam todas nobres e excelentes -- é
um erro. Infelizmente, a maioria dos nossos intelectuais e legisladores não tem
experiência administrativa, e acredita ser possível resolver qualquer problema
criando uma lei. No confronto entre intenções e realidade, a última sempre
vence. A segunda razão para preocupação é que, com uma agenda tão extensa e
bicéfala -- formar o cidadão virtuoso e o aluno de raciocínio afiado e com
conhecimentos sólidos --, sempre é possível dizer que uma parte não está sendo
cumprida porque a prioridade é a outra: o aluno é analfabeto, mas solidário,
entende? (Com a vantagem de que não há nenhum índice para medir solidariedade.)
E, finalmente, porque quando as intenções ultrapassam a capacidade de execução
do sistema o que ocorre é que o agente -- cada professor ou diretor -- vira um
legislador, cabendo a ele o papel de decidir quais partes das inatingíveis
demandas vai cumprir. Uma medida que deveria estimular a cidadania tem o efeito
oposto: incentiva o desrespeito à lei, que é a base fundamental da vida em
sociedade.
Terceira
pergunta: mesmo que todas essas nobres intenções fossem exequíveis, sua
execução cumpriria as aspirações de seus mentores, construindo um país menos
desigual? Eu diria que não apenas não cumpriria esses objetivos como iria na
direção oposta. Deixe-me dar um exemplo com essas novas matérias inseridas no
currículo do ensino médio -- música, sociologia e filosofia. A lógica que
norteou a decisão é que não seria justo que os alunos pobres fossem privados
dos privilégios intelec-tuais de seus colegas ricos. O que não é justo, a meu
ver, é que a adição dessas disciplinas torna ainda mais difícil para os pobres
se equiparar aos alunos mais ricos nas matérias que realmente vão ser decisivas
em sua vida. A desigualdade entre os dois grupos tende a aumentar. A triste
realidade é que, por viverem em ambientes mais letrados e com pais mais
instruídos, alunos de famílias ricas precisam de menos horas de instrução para
se alfabetizar. É pouco provável que um aluno rico saia da 1ª série sem estar
alfabetizado, enquanto é muito provável que o aluno pobre chegue ao 3º ano
nessa condição. O aluno rico pode, portanto, se dar ao luxo de ter aula de
música. Para nivelar o jogo, o aluno pobre deveria estar usando essas horas
para se recuperar do atraso, especialmente nas habilidades basilares:
português, matemática e ciências. É o domínio dessas habilidades que lhe será
cobrado quando ingressar na vida profissional. Se esses pensadores querem a
escola como niveladora de diferenças, se a diferença que mais impacta a
qualidade de vida das pessoas é a de renda, e se a fonte principal de renda é o
trabalho, então precisamos de um sistema educacional que coloque ricos e pobres
em igualdade de condições para concorrer no mercado de trabalho. O que, por sua
vez, presume uma educação desigual entre pobres e ricos, fazendo com que a
escola dê aos primeiros as competências intelectuais que os últimos já trazem
de casa. Estou argumentando baseado em uma lógica supostamente de esquerda
(digo supostamente porque, nesse caso, é transparente que as boas intenções dos
revolucionários de poltrona só aprofundam as desigualdades que eles pretendem
diminuir).
O mercado de
trabalho valoriza mais as habilidades cognitivas e emocionais não porque os
nossos empregadores sejam mesquinhos, mas porque, em um mercado competitivo,
precisam remunerar seus trabalhadores de acordo com sua produtividade. Essa é a
lógica inquebrantável do sistema de livre-iniciativa. Não adianta pedir ao
gerente de recursos humanos que seja “solidário” na hora da contratação e leve
em conta que os candidatos à vaga vêm de origens sociais diferentes, porque, se
o recrutador selecionar o funcionário menos competente, o mais certo é que em
breve ambos estejam solidariamente no olho da rua. Não conheço nenhum estudo
que demonstre o impacto de uma educação filosoficamente inclusiva sobre o
bem-estar das pessoas. Mas há vários estudos empíricos sobre a desigualdade no
Brasil. O que eles informam é assustador: o fator número 1 na explicação das
desigualdades de renda é, de longe, a desigualdade educacional (disponíveis em
twitter.com/gioschpe). Ao criarmos uma escola sobrecarregada com a missão de não
apenas formar o brasileiro do futuro, mas corrigir as desigualdades de 500 anos
de história, nós nos asseguramos de que ela se tornará um fracasso. A escola
não pode fracassar, pois é a alavanca de salvação do Brasil.
O tipo de escola
pública que queremos é uma discussão em última instância política, e não
técnica. É legítimo, embora estúpido, que a maioria dos brasileiros prefira uma
educação que fracasse em ensinar a tabuada mas ensine bem a fazer um pagode.
Acrescento apenas uma indispensável condição: que a população seja informada,
de modo claro e honesto, sobre as consequências de suas escolhas. Quais as
perdas e os ganhos de cada caminho. O que é, aí sim, antidemocrático e
desonesto é criar a ilusão de que não precisamos fazer escolhas, de que podemos
tudo e de que conseguiremos obter tudo ao mesmo tempo, agora. Infelizmente, é
exatamente isso que vem sendo tentado. Nossas lideranças se valem do abissal
desconhecimento da maioria da população sobre o que é uma educação de
excelência para vender-lhe a possibilidade do paraíso terreno em que
professores despreparados podem formar o novo homem e o profissional de
sucesso. Essa utopia, como todas as outras, acaba em decepção e atraso. Essa
pretensa revolução, como todas as outras, termina beneficiando apenas os
burocratas que a implementam.
domingo, 8 de abril de 2012
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